O poeta
vai-te para longe de mim, hora.
o bater de tuas asas me excrucia.
mas de minha boca, que fazer agora ?
e da minha noite ? e do meu dia ?
eu não tenho amada nem abrigo,
sequer um lugar para viver eu tenho.
todas as coisas em que me empenho
tornan-se opulentas e acabam comigo.
Rainer Maria Rilke
Fonte: Poemas de Rilke- Companhia das Letras - 1996 - Tradução de José Paulo Paes
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